Pais de alunos de escolas municipais do Rio foram surpreendidos com a entrega de calças muito acima dos tamanhos de seus filhos. Enquanto uma mãe gastou até R$ 10 com uma costureira para os filhos, outras fizeram, elas mesmas, as bainhas.
Segundo a Secretaria municipal de Educação, os casos serão resolvidos, mas ainda não há data prevista, porque a troca depende da disponibilidade da numeração de calças no estoque. Até lá, os alunos que receberam peças com o tamanho errado estão autorizados a frequentar as aulas sem o uniforme.
Entre os que receberam calças muito maiores do que as pernas está um menino de 12 anos, que cursa o 5º ano do Ensino Fundamental na escola Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Ele veste P e ganhou na última quarta-feira (1º) uma calça tamanho G:
“Todo mundo aqui da escola ganhou calça grande. Vim trocar hoje (3) e eles disseram que não tinha tamanho menor e que não poderiam fazer mais nada. Vou ter que dobrar a calça em cima e em baixo”, contou.
Um amigo seu, de 10 anos, também recebeu uma calça maior e sua mãe teve que fazer uma bainha de quase um palmo.
“Ela ficou larga e grande, mas minha mãe conseguiu arrumar e eu estou usando”, contou.
Já Sandra Gomes tem quatro filhos matriculados na escola Celestino da Silva, na Lapa, Centro do Rio, e vai desembolsar R$ 10 com uma costureira.
“Tenho quatro filhos matriculados nesta escola e todos eles receberam calças grandes. Sendo que a minha filha de 10 anos, que é bem pequenininha, recebeu uma calça tamanho GG. Estou com três calças na costureira e vou ter que gastar R$ 10”, contou.
Casos semelhantes
Uma funcionária de uma escola no Centro do Rio, que não quis se identificar, informou ao G1 que a própria prefeitura pede uma numeração um pouco acima para que as crianças possam usar por mais tempo os uniformes.
A secretaria municipal de Educação explicou que os pedidos são feitos pelos próprios colégios e repassados à sua respectiva Coordenadoria Regional de Educação (CRE).
Segundo a secretaria, no início deste ano foram relatados dez casos semelhantes, que já teriam resolvidos com a entrega das calças com a numeração correta.
Ainda segundo a secretaria, se no estoque não tiver a numeração adequada para a troca, a prefeitura fará um novo pedido para encaminhá-la ao aluno. De acordo com a assessoria de imprensa, o problema só foi detectado nas escolas da 1ª CRE, que engloba o Centro e Zona Portuária.
A história foi publicada nesta sexta-feira (3) no jornal “Extra”.
Problema será investigado
A partir das informações publicadas na imprensa, eles vão investigar se o problema está acontecendo nas outras escolas do município. Em todo o Rio, 711 mil alunos estudam em 1.062 escolas municipais.
“A Secretaria Municipal de Educação informa que todo o aluno que tenha recebido o uniforme com o tamanho errado está autorizado a frequentar as aulas sem o uniforme até que o problema seja resolvido. A determinação já foi encaminhada a todas as Coordenadorias Regionais de Educação. E esclarece que até o momento os problemas foram detectados apenas na 1ª Coordenadoria Regional e estão sendo solucionados. A Secretaria de Educação informa, ainda, que as compras das peças que compõem o uniforme foram realizadas na gestão passada”, diz a nota divulgada pela secretaria.
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