Moradora da Mangueira acusa policial do Bope de estupro

Uma moradora do Morro da Mangueira registrou na delegacia de São Cristóvão, na tarde desta quarta-feira (9), uma acusação de estupro contra um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Moradores do Morro da Mangueira foram até a porta da unidade protestar contra o PM.

A suposta vítima foi encaminhada para o Instituto Médico-Legal para exame de corpo de delito.

Segundo informações da 17ª DP, cerca de 80 moradores estavam no local. A vítima diz ter sido atacada sexualmente durante a operação que o Bope fez no local.

Segundo o capitão Ivan Blaz, durante a operação, um homem, que seria criminoso, morreu, e houve apreensão de drogas e armas. O registro está sendo feito na mesma delegacia.

A mulher sustenta a versão de que policiais teriam entrado na casa dela à procura de seu companheiro, suspeito de tráfico, mas ele não foi encontrado. Um dos policiais teria ficado na casa e abusado sexualmente dela.

A suposta vítima disse na delegacia que o homem que a atacou usava uma farda do Bope.

Nota da PM

A Polícia Militar enviou nota sobre o assunto: “A operação da PM no morro da Mangueira contou com aproximadamente 90 policiais militares do 4º BPM (São Cristóvão), do Bope, BPCHq [Batalhão de Choque], GAM e Gesar. Será apurada pelo Comandante do Bobe, no âmbito militar, e a corporação irá colaborar de todas as formas com a delegacia para o esclarecimento dos fatos.”

Fonte

Máquina usada para produzir munição é apreendida na Cidade de Deus

Uma máquina usada para produzir munição foi apreendida nesta sexta (3) por policiais militares do 18º BPM (Jacarepaguá) em uma casa na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio.

Segundo a assessoria da PM, a polícia chegou ao local por meio de uma denúncia anônima. Também foram apreendidos 95 cartuchos vazios de espingarda calibre 12, além de uma quantidade de espoleta e pólvora, que ainda não foi contabilizada pela polícia.

Não houve troca de tiros durante a ação e não há informações sobre prisões e apreensões. O material apreendido foi levado para a 32ª DP (Taquara).

Morto e ferido na Maré

Também nesta sexta, um homem que seria traficante morreu e outro ficou ferido nesta durante uma ação do 22º BPM (Maré) na comunidade Vila do João, no conjunto de favelas da Maré, no subúrbio. Segundo informações da assessoria da PM, uma pistola foi apreendida.

A Polícia Federal também realiza nesta sexta uma operação em Itaboraí e São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Cinco pessoas foram presas.

Prefeitura do Rio distribui calças de adulto para alunos

Pais de alunos de escolas municipais do Rio foram surpreendidos com a entrega de calças muito acima dos tamanhos de seus filhos. Enquanto uma mãe gastou até R$ 10 com uma costureira para os filhos, outras fizeram, elas mesmas, as bainhas.

Segundo a Secretaria municipal de Educação, os casos serão resolvidos, mas ainda não há data prevista, porque a troca depende da disponibilidade da numeração de calças no estoque. Até lá, os alunos que receberam peças com o tamanho errado estão autorizados a frequentar as aulas sem o uniforme.

Entre os que receberam calças muito maiores do que as pernas está um menino de 12 anos, que cursa o 5º ano do Ensino Fundamental na escola Calouste Gulbenkian, na Cidade Nova, no Centro do Rio. Ele veste P e ganhou na última quarta-feira (1º) uma calça tamanho G:

“Todo mundo aqui da escola ganhou calça grande. Vim trocar hoje (3) e eles disseram que não tinha tamanho menor e que não poderiam fazer mais nada. Vou ter que dobrar a calça em cima e em baixo”, contou.

Um amigo seu, de 10 anos, também recebeu uma calça maior e sua mãe teve que fazer uma bainha de quase um palmo.

“Ela ficou larga e grande, mas minha mãe conseguiu arrumar e eu estou usando”, contou.

Já Sandra Gomes tem quatro filhos matriculados na escola Celestino da Silva, na Lapa, Centro do Rio, e vai desembolsar R$ 10 com uma costureira.

“Tenho quatro filhos matriculados nesta escola e todos eles receberam calças grandes. Sendo que a minha filha de 10 anos, que é bem pequenininha, recebeu uma calça tamanho GG. Estou com três calças na costureira e vou ter que gastar R$ 10”, contou.

Casos semelhantes

Uma funcionária de uma escola no Centro do Rio, que não quis se identificar, informou ao G1 que a própria prefeitura pede uma numeração um pouco acima para que as crianças possam usar por mais tempo os uniformes.

A secretaria municipal de Educação explicou que os pedidos são feitos pelos próprios colégios e repassados à sua respectiva Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Segundo a secretaria, no início deste ano foram relatados dez casos semelhantes, que já teriam resolvidos com a entrega das calças com a numeração correta.

Ainda segundo a secretaria, se no estoque não tiver a numeração adequada para a troca, a prefeitura fará um novo pedido para encaminhá-la ao aluno. De acordo com a assessoria de imprensa, o problema só foi detectado nas escolas da 1ª CRE, que engloba o Centro e Zona Portuária.
A história foi publicada nesta sexta-feira (3) no jornal “Extra”.

Problema será investigado

A partir das informações publicadas na imprensa, eles vão investigar se o problema está acontecendo nas outras escolas do município. Em todo o Rio, 711 mil alunos estudam em 1.062 escolas municipais.

“A Secretaria Municipal de Educação informa que todo o aluno que tenha recebido o uniforme com o tamanho errado está autorizado a frequentar as aulas sem o uniforme até que o problema seja resolvido. A determinação já foi encaminhada a todas as Coordenadorias Regionais de Educação. E esclarece que até o momento os problemas foram detectados apenas na 1ª Coordenadoria Regional e estão sendo solucionados. A Secretaria de Educação informa, ainda, que as compras das peças que compõem o uniforme foram realizadas na gestão passada”, diz a nota divulgada pela secretaria.